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7ª E 8ª SÉRIE / 8º E 9º ANO

19/06/2014 - APRIMORA (POSITIVO) - MATERIAL DESENVOLVIDO COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER HABILIDADES DE LEITURA DE TEXTOS INSTRUCIONAIS



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17/05/2012 - QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA - TEXTOS PARA ANÁLISE - SARESP / PROVA BRASIL / ENEM


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17/05/2012 - RECEITA BÁSICA PARA “SE DAR BEM” NOS TESTES DE MÚLTIPLA ESCOLHA – DIGA ADEUS AO “CHUTE”


  1. Os testes de múltipla escolha poderiam também chamar-se “testes de única escolha”, porque de fato, a escolha incide sempre sobre uma das quatro ou cinco respostas apresentadas, ou seja: são lidas e analisadas múltiplas respostas para escolher a única correta.
  2. Alguns candidatos adoram esses testes, dizendo que é fácil acertar; outros detestam afirmando que é mais fácil errar, porque muitas vezes as respostas apresentadas nas alternativas são tão próximas e parecidas, que fica difícil escolher a correta e fácil escolher uma das erradas.
  3. De um modo ou de outro, os grandes vestibulares do país apresentam questões de múltipla escolha e também questões discursivas, e essa razão é suficiente para que, em vez de reclamar, os candidatos procurem entender adequadamente a filosofia de cada tipo de questão e buscar práticas que os ajudem a responder com menos dificuldade e mais certeza.
  4. O melhor conselho, neste caso, é LER E RELER, antes de responder, pois um pequeno detalhe não observado numa pergunta pode conduzir a resposta para um caminho errado: se o candidato tem dificuldades e obstáculos para descobrir a única resposta correta, o elaborador tem tantas ou mais dificuldades e obstáculos para criar uma questão sem defeitos. O candidato não sabe a resposta e tentará encontrá-la a partir do enunciado da questão. O elaborador sabe a resposta e tentará fazer o enunciado da questão de modo a não facilitar demais, nem complicar demais, pois o que pretende com a pergunta é verificar a competência (as habilidades) do candidato em usar seus conhecimentos para respondê-la. Justamente por isso não é fácil elaborar questões de exames ou concursos, porque não bastam os conhecimentos do elaborador, não bastam os fundamentos da avaliação e os objetivos da pergunta que obedecem a tais fundamentos. Será necessária, também, bastante sutileza do elaborador e uma boa dose de criatividade para levar o enunciado da pergunta a sua melhor formulação. A ocorrência de questões de múltipla escolha anuladas todos os anos em exames vestibulares é o mais atestado que se pode dar dessa dificuldade de elaboração.
  5. Outro fato a considerar, igualmente importante, nas questões de múltipla escolha, é que o elaborador conhece a resposta correta e tem de elaborar quatro incorretas. Se, para o candidato, o mais difícil é encontrar a resposta correta, para o elaborador é mais difícil encontrar as respostas incorretas, pois estas não podem ser demasiadamente parecidas com a correta, para não dar de graça as informações, por um lado, e para não deixar confuso o candidato, por outro lado. Quer dizer: o elaborador tem de criar variações nas alternativas incorretas para testar o conhecimento – as competências e as habilidades – do candidato.
  6. Ora, o primeiro ponto a refletir é este: as questões de múltipla escolha têm uma única resposta correta. Parece óbvio, mas não é tanto assim. É preciso observar, em seguida, que a resposta correta é aquela que, com suas palavras, corresponde com exatidão às palavras do enunciado ou raiz da questão. Então, o critério básico é este: encontrada a resposta que parece a correta, será preciso confrontá-la com a raiz da questão. A mais simples diferença poderá significar que não se escolheu a alternativa correta.
  7. As alternativas incorretas se apresentarão de acordo com uma escala de maior ou menor incorreção. É fácil identificar as muito erradas, mas a dificuldade aumenta à medida que aumenta a semelhança entre incorretas e correta. Vale também aqui o critério apontado acima: se houver dúvidas, por exemplo, entre duas respostas, é preciso compará-las, parte a parte com a raiz da pergunta, pois essa comparação permitirá detectar o detalhe que torna errada uma ou outra.
  8. Estas reflexões permitem criar um MÉTODO PARA RESPONDER QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA: 1) Ler e reler o enunciado para ter certeza do que é pedido; 2) ler atentamente as respostas e, na releitura, eliminar as muito erradas; 3) escolhida entre as restantes a que se considera certa, fazer o confronto novamente com a raiz da questão.
  9. Talvez esse MÉTODO não ajude a responder corretamente todas as questões, mas evitará seguramente, que se errem questões médias e fáceis.
  10. LEIA A QUESTÃO ATENTAMENTE: parece redundante, mais é bom reforçar essa ideia: o maior índice de erros em questões de múltipla escolha se dá pela leitura superficial ou desatenta da questão. É preciso ler uma múltipla escolha palavra por palavra. Estudos comprovaram que nossos olhos são treinados para reconhecer uma palavra como um todo, e não letra por letra. Do mesmo modo, lemos as frases de modo corrido e esquecemos de detalhes, de “excetos”, de “nãos” e outras coisas que nos levarão ao erro. Lembre-se: o problema não é “errar o que você não sabe”, mas sim, “errar o que você sabe”.
  11. Lida a questão atentamente, você vai perceber se ela quer saber qual a alternativa certa ou qual a errada. A partir daí, você deve ler cada alternativa com atenção e, ao final, pensar: “Isso que acabei de ler é certo, errado ou eu não sei?” Se for certo, coloque um “c”. Se for errado, um “e”. Se não souber, “?”. Ao final, tendo classificado assim as alternativas, basta conferir no enunciado se o que você quer é a certa ou a errada e marcar sem dúvida.
  12. Leia todas as alternativas. Mesmo que você tenha certeza que a alternativa a ser marcada é a letra “a”, nunca encerre a questão por aí. Muitas vezes, as outras alternativas lhe mostrarão que seu raciocínio está errado ou que há uma alternativa mais errada que aquela.
  13. Em uma questão de múltipla escolha há três tipos de assertivas: absurdas, corretas e duvidosas. O problema está nessas últimas. Não é segredo para ninguém que as questões de múltipla escolha nem sempre são bem elaboradas, haja vista o número de questões anuladas em diversas provas de vestibulares ou concursos. Estas não conseguem exprimir para o candidato o que o examinador deseja. Assim, a melhor metodologia para responder a essas questões é, em primeiro lugar, eliminar as absurdas (sempre uma ou duas) e depois lidar apenas com as restantes. Se houver uma obviamente correta, não fique procurando “chifres em cabeça de cavalo”. Se estiver em dúvida entre duas ou três alternativas, pergunte-se: “qual dessas é a mais correta?”. Esse simples juízo pode lhe salvar um acerto.
  14. É preciso ter “malícia”, mas é proibido se perder em “divagações”. A “malícia” que você aplica na análise deve sempre ser pautada pela análise do grau de correção da alternativa. Você deve pensar: “acho que essa está errada, pois há uma “pegadinha” aqui”. Mas, não pare por aí. Adicione: “se essa “pegadinha” existir mesmo, essa será a mais errada entre as alternativas”? Se positivo, ok, marque essa. Em caso negativo, desconsidere. Sempre opte pela alternativa que lhe pareça mais correta, ainda que você tenha a “pulga atrás da orelha” com uma outra. É claro que isso não é fácil, nem é uma coisa para se conseguir de um dia para o outro. Uma coisa é certa: é muito mais comum as pessoas errarem questões em razão de ficarem procurando “pegadinhas” que não existem, esquecendo de marcar as questões mais óbvias, do que, por tentarem ver a obviedade, caírem na “pegadinha”.
  15. Uma outra dica para não cair na “pegadinha” que você mesmo criou, ou seja, para não ficar divagando e procurando “chifre em cabeça de cavalo” é: “nunca extrapole a questão”. O que está escrito é o que vale. Nunca adicione dados ou hipóteses além daquilo que está escrito. É muito comum as pessoas saírem da prova afirmando: “certo, mas se você pensar assim e assim, essa alternativa fica errada”. Esse é o maior erro. Questões de múltipla escolha sempre serão, em sua maioria, óbvias. Você pode até não saber a resposta, por não ter o conhecimento necessário, mas raramente esse tipo de raciocínio lhe levará a algum lugar, além do erro. A resposta da múltipla escolha deve ser buscada dentro das alternativas, valendo-se, se necessário, de uma comparação entre elas para saber qual a mais certa, não em uma divagação a partir das alternativas.
  16. Na prática:
1º Ler e reler o enunciado. Localize as palavras-chave.
2º Durante a releitura, elimine as alternativas erradas – Verifique a raiz do enunciado.
3º A alternativa considerada correta deve ser confrontada com a raiz do enunciado.

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16/05/2012 - EPTV NA ESCOLA 2012: "REDES SOCIAIS: CAMINHOS PARA UM MUNDO NOVO?

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MATERIAIS PARA SUBSIDIAR OS TRABALHOS DE PESQUISA DO TEMA E A PRODUÇÃO DA REDAÇÃO:

VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DO TEMA:




TEXTO 1





NARCISISMO NO "FACE" 

   Luiz Felipe Pondé

 “Não estou a menosprezar os medos humanos; muito pelo contrário, o medo é o meu irmão gêmeo.
Cuidado! Quem tem muitos amigos no “Face” pode ter uma personalidade narcísica. Personalidade narcísica não é alguém que se ama muito, é alguém muito carente.
Faço parte do que o jornal britânico “The Guardian” chama de “social media sceptics” (céticos em relação às mídias sociais) em um artigo dedicado a pesquisas sobre o lado “sombrio” do Facebook (22/3/2012).
Ser um “social media sceptic” significa não crer nas maravilhas das mídias sociais. Elas não mudam o mundo. Aliás, nem acredito na “história”, sou daqueles que suspeitam que a humanidade anda em círculos, somando avanços técnicos que respondem aos pavores míticos atávicos: morte, sofrimento, solidão, insegurança, fome, sexo. Fazemos o que podemos diante da opacidade do mundo e do tempo.
As mídias sociais potencializam o que no humano é repetitivo, banal e angustiante: nossa solidão e falta de afeto. Boas qualidades são raras e normalmente são tão tímidas quanto a exposição pública.
E, como dizia o poeta russo Joseph Brodsky (1940-96), falsos sentimentos são comuns nos seres humanos, e quando se tem um número grande deles juntos, a possibilidade de falsos sentimentos aflorarem cresce exponencialmente.
Em 1979, o historiador americano Christopher Lasch (1932-94) publicava seu best-seller acadêmico “A Cultura do Narcisismo”, um livro essencial para pensarmos o comportamento no final de século 20. Ali, o autor identificava o traço narcísico de nossa era: carência, adolescência tardia, incapacidade de assumir a paternidade ou maternidade, pavor do envelhecimento, enfim, uma alma ridiculamente infantil num corpo de adulto.
Não estou aqui a menosprezar os medos humanos. Pelo contrário, o medo é meu irmão gêmeo. Estou a dizer que a cultura do narcisismo se fez hegemônica gerando personalidades que buscam o tempo todo ser amadas, reconhecidas, e que, portanto, são incapazes de ver o “outro”, apenas exigindo do mundo um amor incondicional.
Segundo a pesquisa da Universidade de Western Illinois (EUA), discutida pelo periódico britânico, “um senso de merecimento de respeito, desejo de manipulação e de tirar vantagens dos outros” marca esses bebês grandes do mundo contemporâneo, que assumem que seus vômitos são significativos o bastante para serem postados no “Face”.
A pesquisa envolveu 294 estudantes da universidade em questão, entre 18 e 65 anos, e seus hábitos no “Face”. Além do senso de merecimento e desejo de manipulação mencionados acima, são traços “tóxicos” (como diz o artigo) da personalidade narcísica com muitos amigos no “Face” a obsessão com aautoimagem, amizades superficiaisrespostas especialmente agressivas a supostas críticas feitas a ela, vidas guiadas por concepções altamente subjetivas de mundo, vaidade doentia, senso de superioridade moral e tendências exibicionistas grandiosas.
Pessoas com tais traços são mais dadas a buscar reconhecimento socialdo que a reconhecer os outros.
Segundo o periódico britânico, a assistente social Carol Craig, chefe do Centro para Confiança e Bem-estar (meu Deus, que nome horroroso…), disse que os jovens britânicos estão cada vez mais narcisistas e reconhece que há uma tendência da educação infantil hoje em dia, importada dos EUA para o Reino Unido (no Brasil, estamos na mesma…), a educar as crianças cada vez mais para a autoestima.
Cada vez mais plugados e cada vez mais solitários. Na sociedade contemporânea, a solidão é como uma epidemia fora de controle.
O Facebook é a plataforma ideal para autopromoção delirante e inflação do ego via aceitação de um número gigantesco de “amigos” irreais. O dr. Viv Vignoles, catedrático da Universidade de Sussex, no Reino Unido, afirma que, nos EUA, o narcisismo já era marca da juventude desde os anos 80, muito antes do “Face”.
Portanto, a “culpa” não é dele. Ele é apenas uma ferramenta do narcisismo generalizado. Suspeito muito mais dos educadores que resolveram que a autoestima é a principal “matéria” da escola.
A educação não deve ser feita para aumentar nossa autoestima, mas para nos ajudar a enfrentar nossa atormentada humanidade. 
 Luiz Felipe Pondé
Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, “Contra um mundo melhor” (Ed. LeYa). 
Publicado na Folha de S. Paulo de 16.04.2012 – crédito da imagem: popsdanet.com 

TEXTO 2 

TUDO PELO SOCIAL 


NIZAN GUANAES

FOLHA DE SP - 01/05/12

As marcas devem ter sua personalidade, integridade e opinião; do monólogo passamos à conversação.
Você e sua empresa não precisam mais decidir se e como entrarão nas redes sociais, vocês já estão dentro delas.A esta altura do jogo, as redes já estão falando de você, da sua marca, dos seus produtos. Ouvi-las tem de fazer parte do seu negócio. Pesquisá-las tem de fazer parte do seu negócio. Mas o que você mais precisa mesmo é de uma estratégia.E não é uma estratégia de defesa, mas de ataque, e estratégia não só para o que dizer, mas também para o que ser. Porque só existe uma coisa mais social do que uma pessoa: uma empresa.Quem não agregar esse valor da comunicação total ao seu negócio terá desvantagem competitiva diante das empresas que já fazem ou farão isso bem.Há um potencial social natural em toda empresa que agora terá de ser mais acessado e desenvolvido sob o custo da obsolescência. Olhe para a sua atividade e pense como a capacidade de comunicação total pode transformá-la, para dentro e para fora. É preciso encontrar esse ângulo, que certamente está lá e será necessário neste mundo com a velocidade do último chip.Não é fácil, não tem histórico, mas é intenso e rápido, muito rápido. Fortes emoções estão garantidas.As marcas agora devem ter sua personalidade, sua integridade e sua opinião.Antes era um monólogo, agora é uma conversação, mais dissonante que consonante, e muito mais democrática do que antes. Impossível de entender pensando pequeno, criando limites.Para começar, social não é uma mídia, é um espírito. Um espírito animal. Tudo o que poderia um dia ser social, agora será.Música pode ser social. Leitura pode ser social. Fotografia pode ser social. TV pode ser social. Comprar pode ser social. Viajar, se informar, estudar, encontrar um emprego, um(a) namorado(a) são todas atividades que podem ser sociais e por isso se organizam e se organizarão cada vez mais em torno de redes como Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e outras que virão e irão.Você não precisa se tornar um especialista nessas novas ferramentas, até porque elas passam.Seja um especialista em comportamento, entenda a suprema tecnologia humana, aquilo que chamamos de alma.Aliás, é bom lembrar que as redes sociais sempre foram dominantes e determinantes -das associações mercantis da Idade Média aos fluxos de migração global. Foi com essa capacidade de organização social que vencemos tantos desafios.No Coliseu romano, a plateia já usava o dedão para cima ou para baixo, como fazemos hoje no Facebook, para mostrar aprovação.As redes sociais estão com tudo, mas elas não têm uma regra fixa. O que já sabemos: não basta anunciar, é preciso comunicar; não é só oferta, é relacionamento; não fique indiferente.Mais do que a mensagem e do que o meio, agora é o modo. O modo social.Mas é preciso tomar cuidados.O sujeito entrou cabisbaixo no consultório do psiquiatra e explicou:"Doutor, não sei o que está acontecendo comigo. Só ando com a cabeça baixa, olhando na direção do chão, não falo com ninguém, não ouço ninguém, não consigo ter longas conversas, manter o foco. Minhas mãos doem, meu pescoço dói. Doutor, o que eu tenho?"."Um Blackberry."Piada é uma das maneiras mais fáceis de contar verdades. O perigo das redes é o da alienação, do distanciamento pela proximidade superficial. É preciso equilíbrio e coerência. O que se faz na rede deve-se fazer fora da rede. Quanto mais o "on" estiver junto com o "off", mais força as duas bandas dessa nova realidade terão.E não podemos confundir conexão com conversação. Afinal, fãs não são próximos e seguidores não são amigos.O brasileiro é um ser social por definição e criação. As redes aqui avançam com rapidez maior do que na maioria dos lugares, e ficamos conectados mais tempo do que os outros.Isso só vai aumentar. Você não pode ficar de fora. Você já está dentro. Acomode-se. Incomode-se. Comunique-se.E não digite com os dedos, digite com a alma.

NIZAN GUANAES, publicitário e presidente do Grupo ABC, escreve às terças-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.

TEXTO 3
CONECTAR OU CONVERSAR?

OUTRAS IDEIAS
MICHAEL KEPP - mkepp@terra.com.br

A conexão virtual nos dá a ilusão de controle à distância, mas nem sempre é possível evitar mal-entendidos 
Sem celular para mandar uma mensagem de texto ou um tuíte, eu uso o e-mail para me conectar com os amigos. Mas conectar-se em vez de conversar pode ser um perigo.
Os internautas podem trocar informações simples -marcar encontros ou mandar um abraço virtual a alguém antes do vestibular- sem arriscar nada. Meus riscos aumentam quando e-mails viram monólogos que eu edito até achar que tenho controle sobre a mensagem. Então aperto "enviar". Meus amigos fazem o mesmo.
Mesmo assim, ficamos chocados quando acontecem mal-entendidos. Por exemplo, é muito mais difícil de interpretar o tom de palavras impressas que o das palavras faladas. Assim, palavras em letras GARRAFAIS soam ameaçadoras e frases em tom de brincadeira podem parecer sérias. Por isso aprendemos "cibernormas", como nunca escrever uma palavra inteira em maiúscula num e-mail e colocar o símbolo;-) no final de frases ditas como brincadeira para evitar mal-entendidos.
A primeira vez que eu, retardado digital, recebi um e-mail com o símbolo;-), não enxerguei nenhum rostinho sorridente que piscava. Num e-mail, acusei o amigo que me enviara a mensagem de me ofender. Ele me respondeu irado, dizendo que o símbolo deixava claro que sua intenção não era séria. Foi nossa primeira briga em 20 anos, graças ao milagre da comunicação chamado internet.
Há pouco tempo, uma pessoa próxima respondeu por e-mail a uma crônica minha na Folha - sobre a diferença entre ser precavido e preconceituoso-, que eu tinha enviado a ela e a 600 outras pessoas.
Por e-mail, acusou-me de ser extremamente preconceituoso com ela. E eu a acusei de aproveitar uma oportunidade de criticar minha crônica para me criticar pessoalmente. Digitalizamos esses desabafos porque a conexão virtual nos dá a ilusão de intimidade e controle à distância. Mas é uma mídia "quente" em que acusações mútuas viram uma bola de neve.
Conversar é um meio de comunicação mais "morno". Apenas em diálogos cara a cara, em tempo real, é possível trocar ideias de maneira sincrônica, interromper, enxergar (no rosto do outro) que você ofendeu, ouvir a frase mágica "o que você disse me magoou", pedir desculpas e mostrar (em seu rosto) sua sinceridade. Conversar revela quem você é a você mesmo e ao outro. Expor-se on-line propicia a fantasia de que o ciberespaço lhe dá um lugar para se esconder.

*MICHAEL KEPP,* jornalista americano radicado há 29 anos no Brasil, é autor do livro "Tropeços nos Trópicos -crônicas de um gringo brasileiro" (Record)

Folha de S.Paulo
01/05/2012 

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28/05/2011 - EPTV NA ESCOLA 2011: "BULLYING: QUANDO A BRINCADEIRA PERDE A GRAÇA"


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EPTV NA ESCOLA
EPTV NA ESCOLA - RIBEIRÃO PRETO


MATERIAL PARA SUBSIDIAR OS TRABALHOS DE PESQUISA DO TEMA E A  PRODUÇÃO DA REDAÇÃO:


CARTILHA SOBRE BULLYING DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA





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23/04/2011 - De que trata o texto abaixo?  (Dê um título ao texto)


??????  
                                                                                                       

       Quando percebi, tudo já havia acontecido. O radio ficou mudo e, apesar de mais pessoas estarem por perto, lá estava eu, sozinho com os meus pensamentos...
       O frio que eu sentia era diferente. Entrava pela pele e doía nos ossos, fazendo meu corpo todo tremer. Desapertei a gravata e tirei o paletó. Tentei manter a calma e abri lentamente a janela. Com muito esforço saí, mas não conseguia perceber exatamente onde eu estava. Meus movimentos eram lentos e desajeitados...
       Já não me importava com coisas materiais... meus documentos, dinheiro, meu carro ou qualquer coisa assim. Consegui tirar os sapatos, que me incomodavam muito, e tentei me dirigir para a única direção onde provavelmente encontraria um poste. Foi quando vi a mulher tentando pegar o cachorro: comecei a rir sem parar e apoiei meu corpo cansado em cima de um muro. Passou por mim um garoto assustado puxado por seu pai, um guarda com urna velhinha e um rapaz tranqüilo que aparentemente me conhecia, pois disse um "oi, tudo sob controle ai? e foi embora.
       Nesse momento comecei a entender corno o trágico mora perto do cômico! Aos poucos consegui chegar a uma padaria que recebia quase todo mundo que escapava. Tomei um conhaque e como bom brasileiro fiquei trocando idéias e procurando soluções para os problemas do mundo com meus novos amigos...

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Fonte: http://www.robertoavila.com.br/arquivos/texto_quandopercebi.htm
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23/04/2011 - O MISTÉRIO DO QUARTO ESCURO


       Acordo atordoada, tonta, não me lembro de nada, me viro para lá, me viro para cá e não consigo sair daqui. A porta está fechada. Por mais que eu tente, não consigo abrir. Aqui dentro está uma bagunça de roupas esparramadas, um mau cheiro. Está mau ventilado, sinto até falta de ar. Aqueles homens me prenderam sem motivo algum.
       Tento mais uma vez, não consigo abrir a porta, me trancaram, está escuro, não enxergo nem onde piso, esbarrando em tudo. Aqui, apesar de fazer muito frio, estou até corada de calor e aflição.
       Este escuro me dá medo. Apesar de tudo, preferia estar lá fora. Só consigo ver luz em uma brecha da porta. Pouca coisa posso ver do outro lado, não sei o que estão fazendo com as minhas amigas, ai coitadas. Não sei se estão fazendo ou já fizeram. Ai! não quero nem pensar.
       Esses homens que me prenderam aqui dentro não têm coração, não nos respeitam, a nós que somos tão inofensivas e indefesas.
       Fico em silêncio e ouço vozes masculinas confusas do lado de fora. Acho que estão discutindo o que farão comigo. Essas cordas estão me machucando. Não gosto nem de pensar o que me vai acontecer. Acho que me prenderam por eu ser a mais gordinha.
       Meu medo aumentou, ouço passos em minha direção, não posso me esconder, não consigo nem me movimentar. Estão forçando a porta e têm a chave. Não sei o que fazer. Acho que chegou a minha vez, vieram me buscar, não posso mais escapar.
       Abriram a porta. É um moreno magro e comprido, de cabelo grande, feio que Deus me livre. Vem com as mãos em minha direção e me agarra com força em seus braços, me desamarra, joga as cordas e me leva para fora num gesto brutal, me põe no chão para fechar novamente o local. Tento correr mas não consigo ir longe. Ele me agarra outra vez com força. Tento me livrar dele, mas não consigo. Ele sorri, me leva para outro lugar. Vejo uma de minhas amigas, penso cm pedir socorro, mas ela não pode me ajudar, pois ela está sendo vigiada por um careca ainda mais feio que o outro (o que o outro tem de cabelo, neste está em falta). Coitada! Será que o destino dela será o mesmo que o meu?
       Até que ele para comigo, mas não me coloca no chão (acho que, de medo de eu fugir outra vez) então é a hora, ele me bate, bate, bate no chão. Entra comigo no garrafão, pula comigo e faz a primeira cesta do jogo!

Carmo R.E. da Silva (14 anos), Folhinha de S. Paulo
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23/04/2011 - Recapitulando - Pronomes Relativos


* PRONOME RELATIVO "QUE":
Este pronome deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente.

Por exemplo, nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o substantivo peça repetido. Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos Roubaram a peça que... . Este que está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara no Brasil, ficando
Roubaram a peça que era rara no Brasil.
Pode-se, também, iniciar o período pela outra oração, colocando o pronome após o substantivo. Então, tem-se A peça que... Este que está no lugar da palavra peça da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...roubaram, ficando A peça que roubaram... . Finalmente, conclui-se a oração que se havia iniciado: ...era rara no Brasil, ficando
A peça que roubaram era rara no Brasil.

Outros exemplos:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
  • Substantivo repetido = garoto
  • Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto que...
  • Restante da outra oração = ... você estava procurando.
  • Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando.
Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome após o substantivo = Você estava procurando o garoto que...
  • Restante da outra oração = ... encontrei
  • Junção de tudo = Você estava procurando o garoto que encontrei.
02) Eu vi o rapaz. O rapaz era seu amigo.
  • Substantivo repetido = rapaz
  • Colocação do pronome após o substantivo = Eu vi o rapaz que ...
  • Restante da outra oração = ... era seu amigo.
  • Junção de tudo = Eu vi o rapaz que era seu amigo.
Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome após o substantivo = O rapaz que ...
  • Restante da outra oração = ... eu vi ...
  • Finalização da oração que se havia iniciado = ... era seu amigo
  • Junção de tudo = O rapaz que eu vi era seu amigo.
03) Nós assistimos ao filme. Vocês perderam o filme.
  • Substantivo repetido = filme
  • Colocação do pronome após o substantivo = Nós assistimos ao filme que ...
  • Restante da outra oração = ... vocês perderam.
  • Junção de tudo = Nós assistimos ao filme que vocês perderam.
Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome após o substantivo = Vocês perderam o filme que ...
  • Restante da outra oração = ... nós assistimos
  • Junção de tudo = Vocês perderam o filme que nós assistimos.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a primeira oração é Nós assistimos ao filme, porém, na junção, a prep. desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo do restante da outra oração exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então teremos:
Vocês perderam o filme a que nós assistimos


04) O gerente precisa dos documentos. O assessor encontrou os documentos
  • Substantivo repetido = documentos
  • Colocação do pronome após o substantivo = O gerente precisa dos documentos que
  • Restante da outra oração = ... o assessor encontrou
  • Junção de tudo = O gerente precisa dos documentos que o assessor encontrou.
Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome após o substantivo = O assessor encontrou os documentos que ...
  • Restante da outra oração = ... o gerente precisa.
  • O verbo precisar está usado com a prep. de, portanto ela será colocada antes do pronomerelativo.
  • Junção de tudo = O assessor encontrou os documentos de que o gerente precisa.
Obs: O pronome que pode ser substituído por o qual, a qual, os quais e as quais sempre. O gênero e o número são de acordo com o substantivo substituído.
Os exemplos apresentados ficarão, então, assim, com o que substituído por qual:
  • Encontrei o livro o qual você estava procurando. Você estava procurando o livro o qual encontrei.
  • Eu vi o rapaz o qual é seu amigo. O rapaz o qual vi é seu amigo.
  • Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam. Vocês perderam o filme ao qual nós assistimos.
  • O gerente precisa dos documentos os quais o assessor encontrou. O assessor encontrou osdocumentos dos quais o gerente precisa.
Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados contêm oração subordinada adjetiva.


*PRONOME RELATIVO "QUAL":
Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem.
É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais.
Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome qual, e não que ou quem. Então só se pode dizer O juiz perante o qual testemunhei. Os assuntos sobre os quais conversamos, e não O juiz perante quem testemunhei nem: Os assuntos sobre que conversamos.

Outro exemplo:

Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o restaurante.
  • Substantivo repetido = restaurante
  • Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão comprou o restaurante que ...
  • Restante da outra oração = ... eu falei a você.
  • Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que eu falei a você. Observe que o verbo falar, na oração apresentada, foi usado com a preposiçãosobre, que deverá ser anteposta aopronome relativo: Meu irmão comprou o restaurante sobre que eu falei a você. Como a preposição sobre possui duas sílabas, não se pode usar o pronome que, e sim o qual, ficando, então,
Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você.
* PRONOME RELATIVO "CUJO":
Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)
Por exemplo nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possuinamorada. Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-sea namorada do rapaz o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações, tem-se
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.

Outros exemplos:

01) A árvore foi derrubada. Os frutos da árvore são venenosos.
  • Substantivo repetido = árvore - o substantivo repetido possui algo.
  • Algo de alguém = Alguém cujo algo: os frutos da árvore = a árvore cujos frutos. Somando as duas orações, tem-se
  • A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada.
Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome que após o substantivo = Os frutos da árvore que ...
  • Restante da outra oração = ... foi derrubada ...
  • Finalização da oração que se havia iniciado = ... são venenosos
  • Junção de tudo = Os frutos da árvore que foi derrubada são venenosos.
02) O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.
  • Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui algo.
  • Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se
O artista cuja obra eu falara morreu ontem.

Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista, porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se: O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.

03) As pessoas estão presas. Eu acreditei nas palavras das pessoas.
  • Substantivo repetido = pessoas - o substantivo repetido possui algo.
  • Algo de alguém = Alguém cujo algo: as palavras das pessoas = as pessoas cujas palavras.
Somando as duas orações, tem-se

As pessoas cujas palavras acreditei estão presas.

O verbo acreditar está usado com a prep. em, portanto ela será colocada antes do pronome relativo. As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas.

Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome que após o substantivo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que...
  • Restante da outra oração = ... estão presas
  • Junção de tudo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que estão presas.
Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados contêm oração subordinada adjetiva.

* PRONOME RELATIVO "QUEM": 
Este pronome substitui um substantivo que representa uma pessoa, evitando sua repetição. Somente deve ser utilizado antecedido de preposição, inclusive quando funcionar como objeto direto, Nesse caso, haverá a anteposição obrigatória da prep. a, e o pronome passará a exercer a função sintática de objeto direto preposicionado. Por exemplo na oração A garota que conheci está em minha sala, o pronome que funciona como objeto direto. Substituindo pelo pronome quem, tem-se:

A garota a quem conheci ontem está em minha sala.

Há apenas uma possibilidade de o pronome quem não ser precedido de preposição: quando funcionar como sujeito. Isso só ocorrerá, quando possuir o mesmo valor de o que, a que, os que, as que, aquele que, aquela que, aqueles que, aquelas que, ou seja, quando puder ser substituído por pronome demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas) mais o pronome relativo que. Por exemplo: Foi ele quem me disse a verdade = Foi ele o que me disse a verdade. Nesses casos o pronome quem será denominado de Pronome Relativo Indefinido.
Na montagem do período, deve-se colocar o pronome relatico quem imediatamente após o substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente.
Por exemplo nas orações Este é o artista. Eu me referi ao artista ontem. há o substantivo artista repetido. Pode-se usar o pronome relativo quem e, assim, evitar a repetição de artista. O pronome será colocado após o substantivo. Então, tem-se Este é o artista quem... Este quem está no lugar da palavra artista da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...eu me referi ontem, ficando Este é o artista quem me referi ontem. Como o verbo referir-se exige a preposição a, ela será colocada antes do pronome relativo. Então tem-se Este é o artista a quem me referi ontem.
Não se pode iniciar o período pela outra oração, pois o pronome relativo quem só funciona como sujeito, quando puder ser substituído por o que, a que, os que, as que, aquele que, aqueles que, aquela que, aquelas que.

Outros exemplos:

01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
  • Substantivo repetido = garoto
  • Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto que ...
  • Restante da outra oração = ... você estava procurando.
  • Junção de tudo = Encontrei o garoto quem você estava procurando. Comoprocurar é verbo transitivo direto, o pronome quem funciona como objeto direto. Então, deve-se antepor a prep. a ao pronome relativo, funcionando como objeto direto preposicionado.
Encontrei o garoto a quem você estava procurando.

Começando pela outra oração:
  • Colocação do pronome após o substantivo = Você estava procurando o garoto quem
  • Restante da outra oração = ... encontrei
  • Junção de tudo = Você estava procurando o garoto quem encontrei. Novamente objeto direto preposicionado:
Você estava procurando o garoto a quem encontrei.
02) Aquele é o homem. Eu lhe falei do homem.
  • Substantivo repetido = homem
  • Colocação do pronome após o substantivo = Aquele é o homem quem ...
  • Restante da outra oração = ... lhe falei.
  • Junção de tudo = Aquele é o homem quem lhe falei. Como falar está usado com a prep. de, deve-se antepô-la ao pronome relativo, ficando
Aquele é o homem de quem lhe falei.
Não se esqueça disto:

O pronome relativo quem somente deve ser utilizado antecedido de preposição;
Quando for objeto direto, será antecedido da prep. a, transformando-se em objeto direto preposicionado;
Somente funciona como sujeito, quando puder ser substituído por o que, os que, a que, as que, aquele que, aqueles que, aquela que aquelas que.

*PRONOME RELATIVO "ONDE":
Este pronome tem o mesmo valor de em que.
Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como Adjunto Adverbial de Lugar.
Se a preposição em for substituída pela prep. ou pela prep. de, substituiremos onde por aonde donde, respectivamente. Por exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe.
Será Pronome Relativo Indefinido, quando puder ser subtituído por O lugar em que. Por exemplo na frase Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu.


Outro exemplo:


Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade.
  • Substantivo repetido = cidade
  • Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade que...
  • Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora.
  • Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morar exige a prep. em, pois quem mora, mora em algum lugar. Então:
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora.


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Fonte: http://www.algosobre.com.br/portugues/pronome-relativo-onde.html

* PRONOME RELATIVO "QUANTO":
Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas).


Exemplo:


Fale tudo quanto quiser falar.
Traga todos quantos quiser trazer.
Beba todas quantas quiser beber.
___________________
Fonte: http://www.algosobre.com.br/portugues

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19/04/2011 - CADERNO DE CALIGRAFIA
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.



Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
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10/04/2011 - ADVÉRBIOS

ADVÉRBIOS - QUESTÕES

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10/04/2011 - SUPLEMENTO DE LEITURA: 
"ATAQUE DO COMANDO P.Q." (MOACYR SCLIAR)






Obs.: Clique sobre as imagens para ampliá-las.
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21/03/2011 - LINGUAGEM ORAL/LINGUAGEM ESCRITA // LINGUAGEM FORMAL/LINGUAGEM INFORMAL - ORALIDADE X NORMA CULTA - A LINGUAGEM UTILIZADA DE ACORDO COM A SITUAÇÃO COMUNICACIONAL.


FAX DO NIRSO


(TEXTO-BASE PARA TRABALHO EM SALA DE AULA)
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06/03/2011 - Produção de Texto - Carta Pessoal / Carta Familiar:

Gênero Textual Carta
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São Paulo 14 de agosto de 2000.


                      Prezados Senhores

             Uns amigos me falaram que os  senhores estão para destruir 45 mil pares de tênis falsificados com a marca Nike e que, para esse fim, uma máquina especial já teria até sido adquirida. A razão desta cartinha é um pedido. Um pedido muito urgente.                                                                       
              Antes de mais nada, devo dizer aos senhores que nada tenho contra a destruição de tênis, ou de bonecas Barbie, ou de qualquer coisa que tenha sido pirateada. Afinal, a marca é dos senhores, e quem usa essa marca indevidamente sabe que está correndo um risco. Destruam, portanto. Com a máquina, sem a máquina, destruam. Destruir é um direito dos senhores. Mas, por favor, reservem um par, um único par desses tênis que serão destruídos para este que vos escreve. Este pedido é motivado por duas razões: em primeiro lugar, sou um grande admirador da marca Nike, mesmo falsificada. Aliás, estive olhando os tênis pirateados e devo confessar que não vi grande diferença deles para os verdadeiros.                        
Em segundo lugar, e isto é o mais importante, sou pobre, pobre e ignorante. Quem está escrevendo esta carta para mim é um vizinho, homem bondoso. Ele vai inclusive colocá-la no correio, porque eu não tenho dinheiro para o selo. Nem dinheiro para selo, nem para qualquer outra coisa: sou pobre como um rato. Mas a pobreza não impede de sonhar, e eu sempre sonhei com um tênis Nike. Os senhores não têm ideia de como isso será importante para mim. Meus amigos, por exemplo, vão me olhar de outra maneira se eu aparecer de Nike. Eu direi, naturalmente, que foi presente (não quero que pensem que andei roubando), mas sei que a admiração deles não diminuirá: afinal, quem pode receber um Nike de presente pode receber muitas outras coisas. Verão que não sou o coitado que pareço.                                                                                                Uma última ponderação: a mim não importa que o tênis seja falsificado, que ele leve a marca Nike sem ser Nike. Porque, vejam, tudo em minha vida é assim. Moro num barraco que não pode ser chamado de casa, mas, para todos os efeitos, chamo-o de casa.                                              
Uso a camiseta de uma universidade americana, com dizeres em inglês, que não entendo, mas nunca estive nem sequer perto da universidade – é uma camiseta que encontrei no lixo. E assim por diante. Mandem-me, por favor, um tênis. Pode ser tamanho grande, embora eu tenha pé pequeno. Não me desagradaria nada fingir que tenho pé grande. Dá à pessoa uma certa importância. E depois, quanto maior o tênis, mais visível ele é. E, como diz o meu vizinho aqui, visibilidade é tudo na vida.
(Moacyr Scliar, cronista da  Folha de S. Paulo)

A CARTA
Composição: Benil Santos /Raul Sampaio
Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpes os meus erros por favor
Nas frases desta carta que é uma prova de afeição.
Talvez tu não a leias mas quem sabe até darás
Resposta imediata me chamando de "Meu Bem"
Porém o que me importa é confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém.
Tanto tempo faz, que li no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar.
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tivesses só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
Tanto tempo faz, que li no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar.
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tivesses só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
Escrevo-te estas mal traçadas linhas
Porque veio a saudade visitar meu coração.
Escrevo-te estas mal traçadas linhas
Porque veio a saudade visitar meu coração.
Escrevo-te estas mal traçadas linhas
Espero que desculpes os meus erros por favor
Meu amor, meu amor...

______________
Fonte: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/1199100/ 

23/02/2011 - Pronomes Relativos

Um resumo das regras para você se familiarizar com a aplicação dos pronomes relativos adequados em cada caso:
Com antecedente: Coisa / Pessoa;
usa-se: QUE / O QUAL e variantes
Com antecedente: Pessoa;
usa-se: QUEM (com prep.) / QUE
Com antecedente: Lugar;
usa-se: ONDE
Com antecedente: Tudo / Todo / Toda;
usa-se: QUANTO e variantes
Com antecedente: Entre Substantivos Diferentes;
usa-se: CUJO e variantes
Com antecedente: Modo / Maneira / Jeito / Forma;
usa-se: COMO
____________
16/02/2011 - Como surgiu a escrita?
O LIVRO DA ESCRITA - RUTH ROCHA


13/02/2011 - O alfabeto Braille


O ALFABETO BRAILLE


10/02/2011 - Como surgiu a linguagem?


O LIVRO DAS LÍNGUAS - RUTH ROCHA


07/02/2011 - Texto Científico


TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
___________________
Fonte: http://www.brasilescola.com/
____________________________
07/02/2011 - Complementação de conteúdo - PRONOMES

PRONOMES - 1
PRONOMES - 2
PRONOMES - 3
PRONOMES - 4
PRONOMES - 5
________________________________
Fonte: http://www.10emtudo.com.br/home_a.asp
           http://www.culturatura.com.br/

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa Silvana,na hora de estudar para sua prova me ajudou muito rsrsrsrs!Principalmente os pronomes relativos que você postou rsrrs.

Brigado.

Silvana M. Moreli disse...

Olá!!!

Que bom, Gustavo!!! Fico feliz que o material disponível tenha contribuído para os seus estudos.

Um grande abraço da "prô"!

Paty Michele disse...

Adorei a música. Apesar de ser fãzoca da Legião Urbana, não conhecia essa gravação.
abçs

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